O Teatro Lucinda: o início da era de ouro da Praça Tiradentes
Lucinda Simões e Furtado Coelho |
Em junho de 1885 o Imperador Dom Pedro II e a Imperatriz assistiram no Lucinda A Festa Artística, de Arthur Azevedo. Acolheu calorosos debates entre Silva Jardim e José do Patrocínio em reunião com militantes monarquistas e republicanos, recebeu o primeiro cinematografo do Brasil e acolheu o Congresso Operária do Brasil. Olavo Bilac escreveu uma poesia satírica em uma revista sobre o teatro.
"Fui ao jardim do Apolo ao jardim do Recreio e ao do Lucinda. Vi moças de farto seio; Vi senhores de olhar cúpido e ardente; vi Tanta gente passar, às tontas por ali! Vi namoro, e chalaça, e farsas, e bebidas, E mais nada..."
Também recebeu grandes elogios.
"Não causará espanto se dissermos que o Lucinda apresentava anteontem um aspecto de deslumbramento festivo; camarotes, varandas, cadeiras estavam literalmente cheios do que de melhor encerra a sociedade fluminense; não só no jardim, mas nos corredores do teatro, havia uma massa compacta de povo, que se aglomerava numa promiscuidade original, ansioso, sôfrego por ver o Bilontra, .... escrita pelo nosso colega Artur Azevedo e pelo Dr. Moreira Sampaio, os iniciadores, entre nós, deste gênero de peças, que parecem fadadas a grande popularidade, para regalo do público e felicidade dos empresários"
Referências:
Gomes da Silva, Ezequiel. De Palanque, As Crônicas de Arthur Azevedo no Diário de Notícias (1885/1886). Unesp Cultura e Academia. 2011.
Tâmega Menezes, Angela. O Largo de São Francisco e a Praça Tiradentes: sua importância e complementaridade na vida pública e cultural do Rio de Janeiro. 1808 - 1920. UFRJ, 1998
Comentários
Postar um comentário