Isadora Duncan: a breve vida de uma bailarina

Isadora Duncan 

Dora Angela Duncanon, conhecida como Isadora Duncan,  nasceu em São Francisco em 27 de maio de 1877.  Era filha do poeta  e negociante de arte, Joseph Charles,  e da pianista Dora Gray Duncanon. 

Em 1896 foi para Chicago e integrou a companhia de Agustín Daly. Mas o ballet clássico não agradava. Em 1898 foi para Londres onde desenvolveu sua própria técnica de dança. Fez sua estreia em Paris 1902, aos 25 anos, no teatro Sarah Bemhadth. Foi a precursora do ballet moderno. Dançava com roupas esvoaçantes,  descalça e com movimentos livres, inspirada nas dançarinas  dos vasos gregos do museu do Louvre (outras fontes dizem que a inspiração foi nos vasos gregos do museu britânico). Morou na Grécia e na Áustria. Em Moscou chamou a atenção da bailarina Ana Pavlova, entre outros. Gostava de trabalhar com composições  de Chopin e Wagner,  nada convencionais do ballet da época. 

Casou-se com o coreógrafo inglês,  Gordon Graig,  com quem teve um filho. Seu segundo casamento foi com o Eugene Singer, dono da fábrica de máquinas de costura Singer, com quem teve seu segundo filho. Em 1913 sua vida foi marcada por uma tragédia. Seus dois filhos morreram afogado no rio Sena, obrigando-a a se afastar dos palcos.

Em 1916 vai para Buenos Aires, onde, de maneira ousada, apresentou-se em um café semi nua , enrolada na bandeira da Argentina. Foi deportada por isso. Chegou ao Rio de Janeiro na banca rota e teve a sorte de conhecer o escritor João do Rio, que a levou ao palacete de Laurinda Santos Lobo,  rica senhora mecena e muito bem relacionada. Laurinda paga sua hospedagem no Hotel Moderno,  no bairro de Santa Teresa e providência sua apresentação no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. 

Em 1920 ela retorna a Moscou,  e se casa com o poeta Serguei Lessienin. Em 1925 Isadora teve que suportar sua segunda tragédia. Seu marido comete suicídio em um quarto de hotel em Londres. Antes de se matar, Serguei escreveu um poema com seu próprio sangue. 

Isadora escreve sua autobiografia em 1927, na cidade francesa de Nice No mesmo ano sofre um acidente de carro. Sua echarpe fica presa na roda do conversível e a enforca.  Isadora Duncan morreu pobre e anônima aos 50 anos. 

Referências:

https://www.britannica.com/biography/Isadora-Duncan

Machado,  Heloisa. Laurinda Santos Lobo, Artistas e outros marginais em Santa Teresa. Companhia das Letras. 2002. 


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